09 junho 2008

4 meses, 3 semanas e 2 dias


Tenso, tenso e tenso. São essas as palavras que uso para definir esse filme. Um longa excelente, ganhador da Palma de Ouro de cannes em 2007, uma bela história, uma bela atriz, bela fotografia, ótemo diretor e uma tensão de deixar qualquer um apreensivo.
O filme, diga-se de passagem, é romeno. Para aqueles que não conhecem nenhum filme desse país longínquo ou dessa região fria e pouco conhecida, esse longa é um ótemo começo.
O longa conta a história de Gabita (Laura Vasiliu), uma estudante que está grávida e que tem uma amiga, na qual dividem o mesmo quarto, chamada Otilia (Anamaria Marinca). Otilia acaba alugando um quarto num hotel e chamando um homem, que atende pelo nome de Sr. Bebe (Vlad Ivanov), para que ele faça o aborto da criança em Gabita.
Claro que surgem alguns imprevistos ao longo dessa história. Mas o mais interessante são as cenas super compridas e sem cortes do filme, o que ocasiona uma maior tensão em certos momentos. A pressão, tensão, que as duas personagens, mais Otilia do que Gabita, passam no filme, e para quem o está assistindo, é de impressionar.
Nota para a bela atuação da atriz Anamaria Marinca, que interpreta a personagem Otilia, e para as cenas longas e sem cortes do filme.


Ficha Técnica:
Título Original: 4 Luni, 3 Saptamani si 2 Zile
Gênero: Drama
Tempo de Duração:113 minutos
Ano de Lançamento (Romênia): 2007
Direção: Cristian Mungiu
Roteiro: Cristian Mungiu


Elenco:
Anamaria Marinca (Otilia)
Laura Vasiliu (Gabita)
Vlad Ivanov (Sr. Bebe)
Alexandru Potocean (Adi)
Ion Grosu (Portar)

4 comentários:

Artur disse...

lembro de quando esse filme apareceu entre os vencedores de cannes , não consegui fazer o download pq eu usava o emule , agora que lembrei dele vou tentar baixa-lo pelo torrent hauhau

Ranieri Brandão disse...

Vi no cinema.
Acho q trata-se de um filme a ser revisto com mais adesão à sua proposta. Quando o vi, sempre me passava pela cabeça certa noção godardiana de q um bom filme necessita de um passado q o justifique. De certa forma, a fragilidade existente na falta de um passado q una as duas protagonistas incomodou-me um pouco. Não falo de um passado explícito, imagético, mas de uma noção de passado, de comentário de passado. E certa ânsia cega de correria, de crueza e crueladade também me pareceram tiradas de uma sinceridade pouco verdadeira. Não sei. Preciso rever...

pseudo-autor disse...

FILMAAAÇO! Vi no Unibanco Arteplex numa sala lotada que sequer emitiu um suspiro mediante tanta tensão proposta pelo diretor romeno. Uma das experiências mais profundas que eu já tive no cinema. E a cena do bebê jogado de forma fria, calculista, no banheiro? simplesmente visceral!

Discutir a mídia agora? Acesse
http://robertoqueiroz.wordpress.com

Liquidificada disse...

Deu vontade de assitir! Você já tinha comentado dele pra mim. :)