03 abril 2010

O Caso dos Irmãos Naves


Sabe quando agente sai do cinema sem querer falar com ninguém, quieto, atordoado pela qualidade do filme, pensativo, e a única coisa que se consegue dizer é "que filme bom". Acredito que todos já passaram por uma situação dessa, eu estou sentindo isso agora. Acabei de assitir esse filme e não pisquei os olhos. Apoiei a cabeça sobre as mãos e assisti o filme como alguém assiste um quadro, uma obra de arte, etc. Excelente, genial, bem escrito, bem interpretado, bons planos, tudo que se tem de bom em um filme está presente nesse.
Foi o primeiro filme do Person que assiste, já tinha ouvido falar dele, pra quem não sabe ele é pai da Vj cabeça Marina Person, se não me engano há uns 3 anos atrás ela lançou um filme sobre ele, ele faleceu em 1976. O cara nesse filme foi um monstro, destruidor, tão destruidor quanto quebrar um dente na quina da pia do banheiro. Sabe aquele cara que tem presença, que causa impacto, que sabe o que faz? Ele foi exatamente isso na direção desse filme. O que vou contar não pode ser considerado spoiler, afinal o filme é baseado numa história real, que todos sabem o desfecho e que até virou novela da globo. O longa conta a história dos Irmãos Naves, acusados de latrocínio (roubo seguido de homicídio). Esse causo aconteceu durante o Estado Novo do Getúlio Vargas no final da década de 30, numa cidadezinha de Minas chamada Araguary. O que me impressionou foram os planos usados pelo Person, ele usa muito da técnica de Travelling, que é basicamente a câmera colocada em cima de um trilho e captando as coisas como se tivesse num carro. Outra coisa são os atores, sensacionais, Raul Cortez e Anselmo Duarte na flor da idade. Mas o que não posso deixar de comentar são duas coisas: A tese de defesa que o advogado de defesa dos Naves pronúncia, foi a parte do filme que eu não pisquei, se passaram uns 20 minutos e eu nem percebi. A outra coisa é a nacionalidade do filme, Brasil! Puta filme nacional bom, bom de fazer qualquer crítico de cinema chato morder a língua. Sabe aquelas frases manjadas "a cinema brasileiro só tem bunda, só tem favela, só filme sobre polícia, morro, favela, drogas, só sexo". Eu cansei de ouvir isso, cansei, quer ver bunda vai assistir cinema francês, norte-americano, belga, japonês, argentino, bunda e peito tem em qualquer lugar, pobreza e violência também, então parem de criticar o cinema brasileiro e vão se divertir assistindo filmes, assim vocês vão perceber que o cinema brasileiro tem muita coisa boa, muitos diretores bons.


Ficha Técnica:
Duração: 92 minutos
Gênero: Drama
Diretor: Luiz Sérgio Person
Ano: 1967

Elenco:
Anselmo Duarte
Raul Cortez
Juca de Oliveira
Sérgio Hingst
John Herbert
Lélia Abramo
Cacilda Lanuza
Julia Miranda
Hiltrud Holz

01 abril 2010

Os Limites do Controle


Tenho alguns diretores favoritos, filmes favoritos e atores. Já assisti muita coisa, e ao longo do tempo fui juntando filmes que entraram pra minha listas de favoritos. O difícil é definir o estilo de filme que mais gosto, se é no estilo de Clube da Luta, no estilo Hitchcock, estilo Guy Ritchie, não sei. Sei que gosto de ser surpreendido e o Jarmusch é um diretor que me surpreende toda vez. Ele é muito bom. De todos os filmes dele que já vi esse com certeza é o mais experimental, não consegui absorver por inteiro ainda, uma hora eu consigo. Imaginem um filme parado, com muita subjetividade, mistério, metalinguagem, etc. Imaginou? Bom, acabaram de resumir o "Os limites do controle". Ele chega a ser mais misterioso e quieto do que aquele dos irmãos Cohen, "Onde os fracos não tem vez", que é um dos filmes que eu mais gosto. Não quero que me entendam mal, não estou criticando o filme, falando que é chato, parado, tedioso, não. Estou falando que é preciso ter paciência e pensar muito, tentar entender cada detalhe, cada fala (as poucas que existem) e absorver tudo. Acima de tudo desviar o foco da nudez que existe no filme, eu não consegui, afinal, colocaram uma menina sensacional pelada na cama. Mas isso é outro assunto.
É o tipo de filme pra se ver quando se está bem quieto, em paz, num domingo, de preferência sozinho pra não ficar ouvindo coisas do tipo "que saco, quero ver ação". Eu gostei muito do filme, tomara que gostem também.


Ficha Técnica:
Título Original: The limits of control
Gênero: Policial, Drama e Suspense
Duração: 116 min.
Origem: Estados Unidos, Espanha e Japão
Direção: Jim Jarmusch
Ano: 2009

28 março 2010

Coco antes de Chanel


Pra quem gosta da Audrey Tatou, esse filme é um prato cheio. Um bom filme, com uma boa história, boas atuações, bom figurino (não haveria de ser diferente), boa fotografia, etc.
O interessante é que quando se faz essas biografias, ou partes da vida de alguém, o público alvo acaba sendo os fãs daquela pessoa de quem se fala, por exemplo, um filme sobre o Lula agrada fãs do Lula, um filme sobre o vocalista do Mars Volta agrada fãs do vocalista do Mars Volta, e por ai vai. Mas eu achei esse filme muito abrangente, tem uma história muito boa que mostra a sociedade lá do começo do século 20, os costumes (na França), e acaba mostrando, logicamente, a história sobre Coco.
A história mostra a sociedade sobre a visão machista, mas acaba surgindo uma mulher que pensa diferente, que tem uma visão muito a frente em relação a sociedade de sua época. Sem falar na história de vida dela, muito tapa na cara, muita luta, muita sorte, e por ai vai. Um bom filme.



Ficha Técnica:
Título Original: Coco avant Chanel
Duração: 110 minutos
Gênero: Drama
Ano de Lançamento: 2009
Diretor: Anne Fontaine

Elenco:
Audrey Tautou
Benoît Poelvoorde
Alessandro Nivola
Marie Gillain
Emmanuelle Devos

07 março 2010

Almoço em Agosto


Acabei de ver esse filme italiano e gostei. Faz tempo que não posto algo mais alternativo aqui. O filme é bom, me surpreendeu até, ele tem a dosagem certa de humor e um elenco que juntos dão a idade do matusalix (asterix e obelix). Produzido pelo Matteo Garrone (Gomorra),o longa conta a história de um homem de meia idade cheio de dívidas e que cuida de sua mãe, uma senhora de uns 80 anos. A história se passa na Itália (lugar belo), principalmente na casa da mãe dele, os lugares são basicamente a casa da mãe, uma venda de vinhos e só. O que leva o filme a se encaixar nos filmes de baixo orçamento: poucos locais, poucos atores, e uma história simples. A história começa quando ele hospeda a mãe e a tia do zelador do prédio, não bastando no outro dia ele hospeda a mãe de seu médico particular. O roteiro gira em volta disso, dele tendo que lidar com as peculiaridades de cada uma.
É só isso, por isso eu disse, uma história simples. Um filme bacana regado a bons vinhos e boa comida. Uma curiosidade é que o ator principal do filme é o diretor.


Ficha técnica:
Título original: Pranzo di ferragosto
Diretor: Gianni di gregorio
Duração: 75 minutos
Gênero: Comédia/Drama
Ano de Lançamento: 2008

Elenco:
Gianni Di Gregorio
Valeria De Franciscis
Marina Cacciotti
Maria Calì
Grazia Cesarini Sforza

07 fevereiro 2010

JCVD


Acho que é o filme que mais me surpreendeu até hoje. O que, você postando um filme do Jean-Claude Van Damme?? Pois é, mas calma, é um dos melhores dramas que já vi e consequentemente o melhor filme dele. Quais são as primeiras coisas que surgem à cabeça quando se pensa no Van damme? Luta, sangue, tiros, explosões, filme pastelão, muito karate, chutes altos, voadoras, histórias ruins mas que divertem. É isso. Eu vi esse filme já sabendo que não tinha nada dessas coisas que falei, já sabia que não era de ação e que era um drama com uma atuação boa do dito cujo. Porém o que eu não sabia é que é um drama muito bom e o Van Damme está simplesmente espetacular no filme, espetacular!
Esse projeto caiu como uma luva pra ele. O nome do filme JCVD é uma referência ao nome do ator, então logicamente o longa trata sobre o ator, mas não é um documentário, é uma ficção que mostra a vida dele, ou seja, Van Damme interpretando Van Damme. Como o filme trata sobre assuntos particulares do ator, ele tem uma tensão a mais, por isso o filme pesa muito na atuação. O que vou falar agora não é um spoiler. Tem uma parte no filme que ele tem um pequeno monólogo olhando para a câmera, sozinho, sem ninguém atras, ele simplesmente começa a falar da sua vida e outras coisas. Essa parte torna o filme tão real, mas tão real que eu fiquei sem piscar, não conseguia parar de ouvir o que ele estava falando, e percebi que as suas lágrimas eram verdadeiras. Sinceramente, um filme do caralho. O papel de um ator é se passar por outra pessoa, e o Van Damme nesse filme conseguiu passar a sua vida para as câmeras, nota 10.



Ficha Técnica:
Titulo Original: JCVD
Diretor: Mabrouk El Mechri
Duração: 97 minutos
Ano: 2008
Gênero: Drama

Elenco:
Jean-Claude Van Damme
François Damiens
Zinedine Soualem
Karim Belkhadra
Jean-François Wolf
Anne Paulicevich
Liliane Becker
François Beukelaers

04 fevereiro 2010

Santiago



Dentro os documentários que já vi, esse talvez seja o mais original. Cada um tem a sua criatividade, sua história, seu roteiro, atores, câmeras, planos, locações, e com isso tudo se faz um filme, documentário, clipe, etc. Mas sempre tem alguém com um roteiro mais criativo, um plano diferente, algo a mais. Nesse caso temos um escolhido, João Moreira Salles. Ele gravou um documentário sobre o seu antigo mordomo, ou antigo mordomo da família se preferir. O interessante é que o doc me prendeu, mesmo sendo uma história de um cara aleatório, a história te prende. Depois de começar a assistir o doc eu percebi o porque que o Salles quis fazer esse filme. O Doc fala do mordomo Santiago, suas histórias, curiosidades, coisas que ele guarda em sua casa, etc, mas o jeito que isso é contado é muito interessante. João começa o doc falando de como teve a idéia, de que na época tudo parecia claro na cabeça dele e que depois na hora de editar tudo deu errado, e ele vai narrando isso e as imagens vão sendo mostradas. Ele narra cada curiosidade de Santiago, cada causo, tudo. Bem, é difícil passar a idéia do Doc, vale a pena assistir, eu me surpreendi com o filme.

Ficha Técnica:
Título Original: Santiago
Gênero: Documentário
Tempo de Duração: 79 minutos
Ano de Lançamento: 2007
Direção: João Moreira Salles

28 janeiro 2010

Meu primeiro curta-metragem (não só meu)

Bem, esse é um post especial onde não falarei do meu curta (não só meu, sem a ajuda dos meus amigos eu não teria conseguido), mas divulgarei, porque eu falar do meu próprio curta é uma coisa que não existe, porém farei alguns comentários sobre. Bem, eu gravei esse curta em 2008 com uma handycam da sony, aquela com um mini dvd. Bem, usei a câmera e só. Isso mesmo, não usei material de luz, microfones, nada, foi tudo feito na raça, sem dinheiro, só com ajuda dos outros e muito amor ao cinema.
Logicamente, o curta não tem uma qualidade de imagem absurda e nem o áudio ficou bom (ele ficou mediano, mas na parte do diálogo não pra ouvir porra nenhuma). O que eu tenho pra falar sobre o curta é isso, mas todo esse assunto me leva a um outro assunto, o cinema digital e o fácil acesso ao cinema. É muito interessante como hoje nossas vidas são facilitadas, desde a internet até a comida pronta entregue em casa. Fazer cinema hoje é fácil, mas claro, tudo tem um limite, tudo tem um profissionalismo, tudo é uma questão de arte. Eu não vou gravar um filme com uma handycam e achar que vai passar em 30 salas de cinema, isso não existe. O que existe é o bom senso, profissionalismo e muita raça. Conheço filmes que foram feitos com 1 ou duas câmera (boas), com filtros, aparelho de iluminação, um BOM roteiro, bons atores, etc e foram parar nas salas de cinema, ganharam prêmios. Um filme pra ser considerado bom a ponto de passar num cinema tem que ter uma boa iluminação, uma qualidade boa e principalmente, ter as cópias em rolo de 35 milímetros (que é uma coisa absurdamente cara). Mas como eu disse, gravar um curta hoje é fácil. Temos câmeras em celular, câmera fotográfica que filma, handycam, várias coisas. Isso é bom, isso faz com que a arte nas pessoas fale mais alto, assim como aconteceu comigo, fazer uma coisa legal com criatividade e baixo orçamento. Quem nunca ouviu essa frase "uma câmera na mão e uma idéia na cabeça", essa frase vem sendo dita há mais de 40 anos no nosso país e ela resume tudo o que eu falei. Mas ai as pessoas se perguntam: poxa, se está tão fácil fazer cinema, porque o cinema digital não chega as salas de cinema, por que tudo tem que ser em rolos de 35 milímetros, por quê? Eu sei porque, porque existe uma coisa chamada monopólio e outra coisa chamada DINHEIRO! É só parar pra pensar, vocês acham que alguém ia deixar o cinema se tornar algo fácil assim, sendo que só existe uma empresa no mundo responsável pelos rolos de filme de 35 milímetros?! Bem, enquanto essa empresa existir e o dinheiro falar mais alto, nós ainda seremos privados de ter um cinema de fácil acesso, de não ficar mendigando para políticos, empresas, por um dinheiro para uma produção de um filme. Quanto custa um filme no Brasil? Em média de 500 mil reais até 10 milhões, claro que tem os que ficaram mais caros, os que ficaram mais baratos, mas eu disse "em média". Cheiro do ralo = 500 mil. Os desafinados = 7 milhões. Meu nome não é johnny = 6 milhões. E quanto custa um filme hollywoodiano? Matrix 1= 30 milhões. Avatar = mais de meio bilhão de dólares. O solista = 60 milhões de dólares.
Falta incentivo fiscal, falta dinheiro, falta patrocinio, falta muita coisa. Mas de uns 10 anos pra cá o cinema brasileiro melhorou absurdamente, e por quê? Porque temos vontade de fazer cinema, porque temos bons diretores, bons atores, boas histórias, bons produtores, temos raça, vontade, amor pelo cinema, e enquanto tivermos isso, o nosso cinema vai ser reconhecido no mundo todo, mesmo com tanta dificuldade, mas que vem diminuindo a cada ano, o cinema brasileiro é foda!

O LINK PRO MEU CURTA: http://www.youtube.com/watch?v=C24UfaTmAXo

26 janeiro 2010

A Todo Volume


O que foi isso que acabei de ver! Como fã de rock, blues e desses 3 guitarristas sou meio suspeito de falar sobre o filme, mas caramba, que coisa linda! Deslumbrante. É lindo ver 3 caras fodas da música falar sobre guitarra, blues, rock, letras, como tudo começou, etc. É um documentário, logicamente, mas é um convite a diversão e boa música.
Led Zeppelin e White Stripes são 2 das minhas bandas favoritas, U2 é uma outra banda que gosto muito, mas confesso que já ouvi muito mais as outras duas. O interessante é que mesmo se eu não gostasse de nenhuma dessas bandas eu ia gostar do filme. Ele mostra um encontro dos 3 guitarristas e nesse encontro eles acabam falando dos seus instrumentos, dos riffs de suas músicas, e o mais interessante é ver os 3 tocando juntos. Junto a tudo isso o filme mescla imagens gravadas com cada um dos três, em suas casas, tocando em shows, conversando aleatóriamente sobre assuntos que variam entre guitarra, blues e música. Basicamente é isso.
É muito bacana ver as citações de grandes mestres do blues da década de 30 e etc. Pra quem curte esse tipo de música ou os 3 guitarristas, vale muito a pena.
Obs: No youtube tem todas as cenas deletadas do filme, são 11 ao todo, bastam escrever "it might get loud deleted scenes"



Ficha Técnica:
Título Original: It might get loud
Diretor: Davis Guggenheim
Ano de Lançamento: 2008
Gênero: Documentário
Duração: 97 minutos

Elenco:

24 janeiro 2010

(500) Dias com ela


Puxando na memória aqui acho que esse filme é a primeira "comédia romântica" que posto aqui. Mas percebam que eu coloquei entre aspas porque é muito diferente de qualquer comédia romântica que vocês já viram.
Vou dar alguns motivos porque gostei desse filme e porque ele é diferente: 1- Tem a Zooey Deschanel, 2-O filme tem uma trilha sonora muito boa, 3- A montagem dele é bem criativa, 4- Tem a Zooey Deschanel, 5- A história é muito boa, engraçada e um pouco dramática (não que esse "pouco dramática" seja ruim), 6- Bem dirigido, escrito, etc.
O longa tem uma ordem cronológica diferente, se alguém assistiu 21 gramas ou Pulp Fiction sabe do que estou falando, o filme é daquele jeito, o meio se mistura com o fim que se mistura com o início. Gosto muito de filmes assim, mas tem que saber fazer isso muito bem, se não vira putaria e acaba estragando.
A história do filme é outra coisa bacana, basicamente fala de relacionamentos e amor. O filme conta a história de Tom, um arquiteto frustrado que trabalha num escritório que cria cartões comemorativos, e eles está em busca de um amor, e é quando ele conhece Summer (cujo nome da nome ao filme, 500 days of summer). O problema é que Summer não acredita no amor, e os dois tem uma relação bem peculiar durante mais ou menos 500 dias.
O post praticamente acabou, mas eu tenho que fazer um spoiler/curiosidade/adendo. Se quiser ler isso é problema seu. Tem uma parte do filme que os dois estão conversando e o Tom diz que eles são que nem Sid e Nancy (referência ao casal Sid Vicous e Nancy) e a Summer diz que não, porque ela nunca esfaquearia ele (ou ao contrário, ele não esfaquearia ela, mas enfim). E o diretor desse filme, Marc Webb, fez um curta durante as filmagens do longa, e o curta chama Sid e Nancy, e é interpretado pelos dois atores do filme.
- Vou deixar o link do curta aqui: http://www.youtube.com/watch?v=Ln29hZ9hhZ0


Ficha Técnica:
Título Original: 500 days of Summer
Diretor: Marc Webb
Duração: 96 minutos
Ano de Lançamento: 2009
Gênero: Comédia/Romance

Elenco:
oseph Gordon-Levitt
Zooey Deschanel
Geoffrey Arend
Matthew Gray Gubler

21 janeiro 2010

Mary e Max



Eu sou um grande fã de animações, não conheço muitas mas as que conheço são fabulosas. Essa animação é de 2009, e é um dos melhores filmes que eu já vi. Ela foi feita no estilo Fuga das Galinhas, na base da massinha e é de uma beleza absurda. Não sei se classificaria esse filme como infantil, afinal as questões tratadas são um pouco mais profundas e de uma maior maturidade. Tudo bem que é uma animação, mas já faz um tempo que desenhos e animações não são feitas só pra crianças. Por exemplo a história desse filme, o longa mostra a história de 2 personagens (que dão nome ao filme), Mary e Max, Mary é uma menininha que mora na Austrália, ela é bem no estilo de Amelie Poulain, com manias peculiares e com comentários engraçados, essa talvez seja a parte bonitinha e engraçada do filme. Ela é uma menina solitária e bem curiosa, e essa curiosidade a leva até Max, um senhor de mais de 40 anos que mora em Nova Iorque, solitário e membro do Vigilantes do peso, Max é um senhor muito ansioso e tímido. Os dois começam uma amizade a distância mas muito importante para os dois.
Bem, o filme beira entre a comédia e o drama, eu confesso que chorei, apesar de ser uma animação, os assuntos tratados são de gente grande. Ótimo.


Ficha Técnica:
Título Original: Mary and Max
Diretor: Adam Elliot
Duração: 80 minutos
Gênero: Animação
Ano de Lançamento: 2009

Vozes:
Toni Collette
Philip Seymour Hoffman
Eric Bana
Barry Humphries
etc.